DAR PALAVRAS
Procuro Leitor para navegação séria. (Sem amarras.) Dei Palavras na Rua de 8/03/2013 a 10/01/2017. Hoje respiro. Só. Andreia Azevedo Moreira
quinta-feira, 18 de abril de 2024
terça-feira, 16 de abril de 2024
DARK MATTER
O PJM diz que quando se ouve música não se faz mais. Tem razão. Os Pearl Jam, hoje, proporcionaram em várias cidades do mundo a possibilidade de ouvirmos de antemão o novo álbum. E eu que antes gozava com as fãs dos Beatles, nos filmes a preto e branco, em que incompreensivelmente se esgadanhavam à sua passagem, humildemente me retracto. Isto, para mim, teve algo de místico. Pois que chorei, vibrei, senti cada uma das canções no coração. A primeira audição foi de olhos fechados no escurinho do cinema. A segunda deu-nos acesso às letras. E eu que já ouvira as palavras e percebera quase integralmente o que disseram (graças à atenção que uns olhos bem fechados permitem), quando li confirmei as que sabia terem conversado intimamente comigo. Não me interessa o que diz o gajo do Expresso. O meu amor é incondicional. A paixão amadureceu e vive. Viverá enquanto respirar. São a minha banda sonora. Salvaram-me. Cantaram a minha raiva, o meu desespero, a desistência que tantas vezes me espreitou e a esperança, a redenção, o persistir. Agora, cantam-me a fé, o balanço da vida, as quedas e as questões, a vontade de querer experimentar tudo o que for capaz, de continuar o espanto de estar viva. Pulsante. Caraças. Estou cheia de adrenalina!
"Love and music. Comunication."
Thank you, Pearl Jam.
"The strangest tribe."
We are the love!
Weeeeeeeeeeeeeeee!
Adenda:
https://open.spotify.com/intl-pt/track/4WnQyfhJn0O0LY3SPlxReB (my song)
Oh palhaço!
Adorei este espectáculo.
Amo as palavras, mas este(s) artista(s) consegue(m) comunicar connosco profundamente: com a banda sonora poderosa e a expressão corporal extraordinária.
Necessitamos de tão pouco para aceder à alegria.
domingo, 14 de abril de 2024
sexta-feira, 12 de abril de 2024
À vida!
quarta-feira, 10 de abril de 2024
APNEIA
terça-feira, 9 de abril de 2024
segunda-feira, 8 de abril de 2024
domingo, 7 de abril de 2024
Uma espécie de oração:
Que sejamos capazes de meter o ego no cu!
E que daí advenha, pelo menos, um orgasmo.
Amemos (mas é, foda-se)!
quinta-feira, 4 de abril de 2024
terça-feira, 2 de abril de 2024
Ai pá!
sábado, 30 de março de 2024
quarta-feira, 27 de março de 2024
Uma letra muda tudo...
Pesquisando por sic online dei por mim nos resultados sin online.
Benzi-me toda.
Diz que o Camus dizia que bastava vivermos um dia para termos matéria infinita para escrever (posso estar a distorcer o que ouvi há muitos anos...)
sábado, 23 de março de 2024
Contratos com a morte:
Compro bilhetes para concertos que serão daí a muitos meses com esperança que ela perceba que não me dá jeito falecer.
sexta-feira, 22 de março de 2024
quinta-feira, 21 de março de 2024
«POBRES CRIATURAS»
Foda-se que filmaço.
Que obra de arte maravilhosa para deixar a eventuais alienígenas, no futuro, para terem um vislumbre do que era a humanidade antes de se extinguir.
Palavras que me ocorrem na medida em que o filme continua comigo: mulher; corpo; liberdade; livre-arbítrio; viver; morrer; renascer; escolhas; sexo; prazer; alegria; felicidade; humanidade; compaixão; loucura; infância; família; aventura; tristeza; abandono; descoberta; encantamento; surpresa; autenticidade; intimidade; equidade; cinismo; destruição; cooperação; beleza; sociedade; vergonha; tabu; crueldade; dinheiro; poder; Deus; deuses; violência; manipulação; ironia; serendipidade; coragem; inocência; amor; cumplicidade; amizade; filosofia; existência; desejo; (lista em construção)
Os cenários, o modo como as cenas são dadas a ver, a cor, as distorções, as roupas, a banda sonora, os animais estrambólicos, as personagens, as cidades imaginárias ainda que com nomes conhecidos, o tempo que parece um passado futurista, tudo contribui para que o estranhamento se me tenha entranhado aos primeiros minutos.
É avassalador em vários níveis.
Encantatório. Trágico. Cómico. Vívido. Intenso. Inteiro.
Quero rever.
Podendo, vejam no grande ecrã!
"We must experience everything, Bella. This makes us whole."
https://www.imdb.com/title/tt14230458/?ref_=fn_al_tt_1
MERECIDÍSSIMO! https://www.youtube.com/watch?v=Q8urFpWdi9c
domingo, 17 de março de 2024
sábado, 16 de março de 2024
quarta-feira, 13 de março de 2024
CESSAR-FOGO JÁ!
https://open.spotify.com/episode/15xCYKVTqy3xaJOzu1ukc6 (parte 1)
https://open.spotify.com/episode/0CUhd7f5YWgnMy7h7vbIYW (parte 2)
terça-feira, 12 de março de 2024
Filhos adorados da mãe: leiam, leiam, leiam. Antes do ódio, leiam. Escutem. Pensem pela própria cabeça! Antes de agir sintam como seria se fosse convosco.
https://tintadachina.pt/produto/catarina-e-a-beleza-de-matar-fascistas/
«As palavras são poderosas, Catarina. Devias saber isso. Os discursos que ele escreveu, agora são leis. Amanhã serão artigos da Constituição. E onde é que começou? Na opiniãozinha.»
O lançamento será no dia 24-04-2024, às 21h30 na Culturgest.
A Tinta-da-china diz que haverá cravos e se cantarão as senhas da revolução.
segunda-feira, 11 de março de 2024
Quem ganhou?
O ódio. O voto dos que odeiam. Não me convence a conversa de que são os descontentes. Os que odeiam, discriminam, os que querem controlar a autodeterminação alheia, os que querem eliminar seres humanos que desaprovam, do seu mundo quadrado ou plano, onde só os próprios (os "de bem" e "da verdade") merecem o ar que respiram, os que sentem ter espaço para vir dizer em voz alta o que andaram a dissimular muito tempo. São esses, sim, os que elegeram 48 vozes execráveis que agora hão-de rosnar o seu ódio minando a democracia. Os descontentes podiam votar em branco e em alternativas menos odientas e odiosas. A liberdade que custou muitas vidas a chegar-nos, está em perigo. Está. Mas há sempre a esperança e a resistência. O Livre tem mais três deputados. A abstenção baixou. A liberdade encontrará sempre o seu caminho.
Fascismo nunca mais!
Adenda: Li uma crónica do Miguel Esteves Cardoso que me mudou a perspectiva. Tirou-me desta sensação pré-apocalíptica e devolveu-me algum discernimento. Chama-se O milhão do contra. (https://www.publico.pt/2024/03/12/opiniao/cronica/milhao-2083281)
quinta-feira, 7 de março de 2024
quarta-feira, 6 de março de 2024
A quem escreve:
Encontrem quem vos leia primeiro que os outros.
Alguém em quem possam depositar a fragilidade e a escrita.
Quem não tenha medo de ser implacável com o que escreveram.
Só depois dessa leitura honesta, sem pancadinhas nas costas, o texto terá alguma hipótese de levantar voo.
A minha leitora primeira chama-se Susana Ladeiro e é parte vital do meu caminho como escritora.
É a melhor revisora/editora que conheço.
Tenho muita sorte.
https://www.youtube.com/watch?v=2oyZ9OM-neM
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
Confesso:
Passei a última semana a dar nisto. Foi um ápice. Chiça penico que sabe bem variar o género, de vez em quando.
sábado, 24 de fevereiro de 2024
Dois anos de invasão da Ucrânia
Mais de quatro meses de um outro povo a ser chacinado aos olhos do mundo ciente e esclarecido.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
«TENHAM UMA BOA VIDA»
Da primeira vez que li este livro gostei muito, tal como gosto muito da escrita do Francisco e já lho disse muitas vezes. Relê-lo foi poderoso, avassalador, até. Foi como abrir uma cápsula do tempo que ele, precavido do futuro, preparou para nós.
Com ele regressei ao espanto e ao encantamento do início, do
que senti às primeiras sessões na ECON.
Discordo do Francisco quando escreve que cada vida tem um
sempre. Para mim, tem tido vários e este é sem dúvida um deles, um dos mais
especiais que levo como cicatriz desta vida, para usar as suas palavras.
O livro tem ritmo, graça nas suas constantes considerações e
apartes e filosofia se me é permitido afirmá-lo.
O Francisco domina a linguagem e joga com ela de um modo
extremamente inteligente, fazendo-nos parar, fazendo-nos pensar, conjecturar,
olhar por diferentes prismas. Explora-os, levando sempre mais além o que antes
disse, alterando as palavras até encontrar a justa, apurando a sua escrita
diante dos nossos olhos leitores.
Aprecio as alusões subtis que faz aos livros que leu,
partilhando connosco o seu caminho, acicatando o nosso espírito leitor.
Encontrei o Senhor Palomar e o Se numa noite de inverno um
viajante.
Adoro a passagem da página 10 em que o narrador é interpelado
passando por isso mesmo à descrição do aqui.
Vejo-o, sinto-o, relembro-o com uma intensidade que me
comoveu muitíssimo no diálogo que imagino que o narrador estabelece com a
Florbela desmultiplicada nos quadros que nos eram tão familiares.
Recordo o entusiasmo que sempre sentia, ali, no aqui ao aprender.
Relembro os primeiros instantes: através da atenção do escritor
ao detalhe, a observação minuciosa dos gestos (como por exemplo o golinho de
água do palestrante que significará coisas distintas consoante as sessões e os
seus momentos).
O fascínio de ter perto um escritor maior que admiramos, o
Gonçalo e ver que o génio é próximo, é atento, é nosso, disposto a pôr-nos
encarando-nos uns aos outros.
A minha parte favorita é esta, em que o Francisco disserta
sobre os lugares que escolhemos ocupar e como existem pessoas que inventam
lugares que não existem e abrem caminhos aos outros a partir de si.
Adoro que nos fale de canções, de música, de músicos e em
particular do João Aguardela (parte importante do meu sempre adolescente) que
adivinhamos nas suas memórias.
E adoro que nos fale da luz daquelas paredes que eram o Luís.
A nossa toca, ninho, covil, casulo, torre de babel, aeronave,
a nossa lua.
Onde pude ser. Onde me senti livre. Onde pertenci.
Termino agradecendo ao Paulo ter feito esta escolha para o
clube de leitura em mais uma das suas sessões magníficas em que escava os
sentidos dos livros e no-los dá a conhecer em vertentes que sozinha jamais alcançaria
e ao Francisco quero dizer, abusando das suas palavras: fizeste deste livro uma
sobra que vai sobrar no meu sempre, o sempre que foi e é em mim a ECON, com
os seus risos, abraços, petiscos, convívios, amizades, partilhas de alegrias, dores e agora, também, de uma saudade incurável.
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
Delicadeza:
https://www.youtube.com/watch?v=IAy9WVR5BUg
https://cinecartaz.publico.pt/filme/vidas-passadas-411398
Uma pessoa de apelido Song cujas escolhas a levaram a fazer um filme de delicadeza desmedida.
Eis a poesia.