Deixa-me passar.
Não venhas para o meu lado,
sussurrar-me ao ouvido.
Não acertes o passo com o meu,
finge que não nos vimos um dia.
Antes de te encontrar vivia
sem saber que Deus havia
criado, para mim, um par.
Deixa-me passar.
Abranda, fica p’ra trás.
Não entendo esse buliço.
É tão triste o teu olhar.
Mal mereço a tua dor,
não é em mim o teu lugar.
Antes de ti não sorria,
mas não posso em ti ficar.
Deixa-me passar.
Magoa ver-te partir, é certo que fico a perder.
Resta a dor de não te ver.
Queria-te eterno abraço, mas tenho apenas dois braços,
que acolhem já outros dois.
Não os hei-de desprezar.
Antes de ti não sentia, mas não posso em ti morar.
Deixaste-me passar.
E eu não consigo esquecer os beijos que não te dei.
Como calo a vontade e a força com que te amei?
Vesti a alma de luto por esta paixão não vivida,
que antes de começar já soava a despedida.
Sonho-te da cama feita, com cobertores de saudade.
Num encontro numa esquina, roubaste-me a liberdade.
Não choraste por mim amor.
Nem me barraste o caminho, ou imploraste «Fica.»
Não era eu, eu era engano.
Ardi num ciúme insano, com o que te aconteceu.
Encontraste amor verdadeiro.
O do passo certo com o teu.
Andreia Azevedo Moreira
Junho 2009 – 1ª Versão
Março, Abril de 2013 - Adaptação para Fado.
Este trabalho que me deu um gozo desgraçado surgiu na sequência de um desafio do Povo Lisboa - Rua Nova do Carvalho. Categoria: FADO MUSICADO
OBRIGADA POR ME LERES.
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Procuro Leitor para navegação séria. (Sem amarras.) Dei Palavras na Rua de 8/03/2013 a 10/01/2017. Hoje respiro. Só. Andreia Azevedo Moreira
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
PRETÉRITO (Perfeito)
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