Crer é querer. Ver o que se consegue, não o que é. A emancipação dos vícios amarga. Sonhava? Mentiras. Ao pequeno-almoço, ao jantar, aquele copo de leite antes do sono. Tinha sede, desconhecendo de quê. Sou sede, ainda. A mão firme, ao centro. Banhei-me em ilusões e dessas não escapei limpa. Tenho uma alma pesada. Bacia e cadência. O coração lesto, descompassado e aldrabão. Ócio, agora. O que fiz com tanto tempo? Que olhos são estes que me mentem? Ouvidos que entregam discursos deturpados. Mente que não engana. É sujeito e verbo. Eu ignara, crédula. Saboreio o doce das ficções, da loucura. Luto com as superfícies. Cegueira boa e perniciosa. Dança da solidão. É tarde? Nunca o é, quando se trata da Liberdade.
Andreia Azevedo Moreira
Criado em Junho de 2012. Revisto em Outubro de 2013.
OBRIGADA POR ME LERES.
Texto 30 a sair para a Rua.
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