sexta-feira, 2 de agosto de 2019

O CULTO DA MORTE

Morre alguém, parecemos formigas.

Por onde andavam os carreirinhos antes da tragédia?

Tomaram café com o defunto?

Conversaram?

Deram um último abraço recente?

Conheciam o que ia dentro? 

E o falecido quis saber de vós em algum momento?

Pois.

Quando eu morrer, se os desencontros se revelavam ganhadores por tempo indeterminado, deixem-me para lá a arder em paz.




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