Desceu a rampa. Era o fim de um dia longo de trabalho. Distraída não percebeu, logo, quem a esperava. Alguém há muito ido. Estacou. Sorriu. Esqueceu-se de tudo, correu-lhe para os braços. A palavra perdão não fazia sentido. Já não havia dor. Aninhou-se-lhe no peito. Repetiu: «Que saudade.» Os braços acolheram-na protectores, quentes, firmes. Deixou-se estar. Sentia-se tão cansada. Era bom aquele conforto. Depois estremeceu, sentiu uma mão a puxar-lhe o braço e ouviu, longe, uma voz anónima. Adormecera no comboio. (Criado em Março de 2009. Revisto em Outubro de 2013.) Andreia Azevedo Moreira OBRIGADA POR ME LERES. |
Procuro Leitor para navegação séria. (Sem amarras.) Dei Palavras na Rua de 8/03/2013 a 10/01/2017. Hoje respiro. Só. Andreia Azevedo Moreira
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
«A rampa» (Semana #32 / 28 de Outubro a 3 de Novembro de 2013)
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