quarta-feira, 2 de março de 2016

QUEBRAR A CORRENTE

No dia 03-11-2015 soube que haveria nova edição do Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha. Decidi concorrer, tal como decidira no ano anterior e desistira para ter mais tempo para pensar a trama. O que idealizei que havia de ser um ano de escrita (foi esse o pressuposto da desistência) revelou-se, pelo adiamento que cultivo amiúde, resumido a dois meses. O prazo terminava a 31-12-2015. 

Desde o dia em que o anúncio do prémio foi feito, até ao dia 28-12-2015 empenhei a alma no desafio que me impus. Dei tudo o que tinha. Fiz o melhor que pude com as circunstâncias que são as minhas (trabalho durante o dia e em casa, tenho dois filhos pequenos e amigos que adoro) daí que, embora tenha noção que muito mais podia ter feito, foi o que apresentarei nas próximas semanas aquilo de que fui capaz. Saiu-me do pêlo. Arranjei um problema no estômago cujo desenlace ainda não vislumbro. Esgotei-me na tentativa. Ainda me sinto a recuperar desse cansaço. 

Valeu a pena. Orgulho-me do pouco que fiz. Escrevi todos os dias com excepção do dia de aniversário do meu filho mais velho e da véspera de Natal. Nos dias úteis das 22h às 00h. Aos fins-de-semana madrugada adentro, com os clamores das crias a despertarem-me parcas horas depois da última palavra, dessa noite, inscrita. Espero que encontre alguém a quem as palavras falem. Só assim se completa este amor. Obrigada aos que me lerem. 

Haverá papelinhos com excertos pela Rua como tem havido com os restantes contos, desde o dia 08-03-2013.   

Uma nota final. Neste texto imprimi a libertação definitiva sobre a legitimidade que me reconheçam ou não para escrever (Fá-lo-ei até ao fim, sem necessidade de enunciação sobre o que sou.). Trata-se do meu singelo tributo à Literatura que me salva e aos dias alegres que tenho passado na Póvoa de Varzim, desde a primeira vez em que estive nas Correntes D'Escritas (2012) e é, claro, ficção.

Dou os parabéns ao Vencedor. Senti ter sido bem entregue o prémio. Fiquei feliz com ele como se fora comigo.

Amanhã, aqui, à mesma hora. O primeiro conto de «Quebrar a corrente».

Aquele abraço.














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OBRIGADA POR ME LERES.