O ódio. O voto dos que odeiam. Não me convence a conversa de que são os descontentes. Os que odeiam, discriminam, os que querem controlar a autodeterminação alheia, os que querem eliminar seres humanos que desaprovam, do seu mundo quadrado ou plano, onde só os próprios (os "de bem" e "da verdade") merecem o ar que respiram, os que sentem ter espaço para vir dizer em voz alta o que andaram a dissimular muito tempo. São esses, sim, os que elegeram 48 vozes execráveis que agora hão-de rosnar o seu ódio minando a democracia. Os descontentes podiam votar em branco e em alternativas menos odientas e odiosas. A liberdade que custou muitas vidas a chegar-nos, está em perigo. Está. Mas há sempre a esperança e a resistência. O Livre tem mais três deputados. A abstenção baixou. A liberdade encontrará sempre o seu caminho.
Fascismo nunca mais!
Adenda: Li uma crónica do Miguel Esteves Cardoso que me mudou a perspectiva. Tirou-me desta sensação pré-apocalíptica e devolveu-me algum discernimento. Chama-se O milhão do contra. (https://www.publico.pt/2024/03/12/opiniao/cronica/milhao-2083281)
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OBRIGADA POR ME LERES.