Então é assim, quando estiveres com a neura, com um demónio a querer-te desencaminhar ou afim, vais até à natureza, pões os pés ao léu e sentas-te ou deitas-te em contacto com a natureza. Pode ser serra, pode ser pradaria, pode ser praia, pode ser jardim. Ora, dirige-se esta urbano-depressiva à Quinta da Alagoa. Assim à maluca, mesmo, contrariando a sua tendência para control-freak: olha para a árvore, escolhe a árvore, dirige-se à árvore, afere se há lama junto ao tronco da árvore, não há lama, senta-se, encosta-se sem olhar a mais pormenores. Ah, sim, ora aqui está aquilo de que falam. Sinto. Já estou melhor. Caraças ainda só passaram dois minutos e já estou, efectivamente, melhor. A coisa está a fluir. Parece que sinto calor nas costas e tudo. Eh pá oh árvore, obrigada pelo carregamento, estava mesmo a ir-me abaixo das canetas. Eh pá, mas já não é só calor, parece mesmo movimento. Que pujança. Que é lá isto? Comichão? Deixa cá abrir os olhos e encarar, pela primeira vez, o tronco da árvore.
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Milhares, senhoras e senhores. Milhares de formigas gordas.
Deixei o ground e vim para casa.
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Obrigada, pelo tempo.