domingo, 22 de junho de 2025

Chuva de Jasmim



Um escorredor, único objecto trazido para o exílio que sobreviveu às várias mudanças forçadas.

Um mealheiro de um avô que lia muito e tornou o pai escritor.

Uma chave-símbolo do sonho do regresso.

Uma pedra do lugar que é o dos seus ancestrais e onde se encontra proibida de entrar pelo apartheid instituído, trazida por mãos amigas que não são de lá mas puderam entrar.

Um mapa com os lugares árabes apagados à força.

Os documentos que provam de onde a família veio.

O lenço Palestiniano, Keffiyeh, a proteger o legado.

Um livro para continuar a existir.

Uma sessão em que se ouviu a voz dos que têm sido esmagados pelo silêncio, durante muitas décadas, mas de modo absolutamente grotesco há quase dois anos.

A humanidade um doente terminal.

Não quero senti-lo depois de pensá-lo.

Está na mão de cada um de nós fazer o que puder ao seu redor.

Não quero desistir depois de não ver saída para nós.

Que as circunferências de amor que formos capazes de criar se liguem, aumentem e engulam os que odeiam, porque lhes faltou o essencial em algum momento da existência.

Fim à guerra.

Fim ao ódio.

Paremos de dar ouvidos e votos e força aos sociopatas/psicopatas nos poderios mundiais.

People have the power.



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