Um escorredor, único objecto trazido para o exílio que sobreviveu às várias mudanças forçadas.
Um mealheiro de um avô que lia muito e tornou o pai escritor.
Uma chave-símbolo do sonho do regresso.
Uma pedra do lugar que é o dos seus ancestrais e onde se encontra proibida de entrar pelo apartheid instituído, trazida por mãos amigas que não são de lá mas puderam entrar.
Um mapa com os lugares árabes apagados à força.
Os documentos que provam de onde a família veio.
O lenço Palestiniano, Keffiyeh, a proteger o legado.
Um livro para continuar a existir.
Uma sessão em que se ouviu a voz dos que têm sido esmagados pelo silêncio, durante muitas décadas, mas de modo absolutamente grotesco há quase dois anos.
A humanidade um doente terminal.
Não quero senti-lo depois de pensá-lo.
Está na mão de cada um de nós fazer o que puder ao seu redor.
Não quero desistir depois de não ver saída para nós.
Que as circunferências de amor que formos capazes de criar se liguem, aumentem e engulam os que odeiam, porque lhes faltou o essencial em algum momento da existência.
Fim à guerra.
Fim ao ódio.
Paremos de dar ouvidos e votos e força aos sociopatas/psicopatas nos poderios mundiais.
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