A história verídica do último dia de Milad, um menino de cinco anos, ilustra de modo dilacerante o que tem sido a opressão sofrida pelo povo Palestiniano desde 1948.
No dia em que terminei este livro, passei por um homem que caminhava sozinho empunhando a bandeira da Palestina.
Um homem só a não deixar esquecer os distraídos sobre o que está a acontecer há décadas, mas de modo absolutamente sórdido, cruel e inumano há quase dois anos.
Desumaniza-se o próximo. Justifica-se o injustificável.
Inviabiliza-se, irremediavelmente, a paz.
De que serviram tantos testemunhos sobre o Holocausto, tantos livros, tanta dor? De que serviu o horror inenarrável vivido pelos judeus?
Não se aprende nada?
Assistimos, em directo, à aniquilação de um povo às mãos dos descendentes daqueles que mais do que todos os outros sabem o que foi terem tentado exterminá-los.
Como é possível?
Porquê?
Por que raio não estamos todos na Rua, paralisados, recusando-nos a prosseguir com as nossas vidas confortáveis, enquanto não parar o extermínio?
Quem defende o que se está a passar, acreditará mesmo que pertence a uma estirpe superior de ser humano?
Acreditará alguém, em alguma parte do mundo, que existe um deus que deseje isto?
Até quando, tanto ódio?
Não tenho respostas, só perguntas. Tantas perguntas.
E uma tristeza devoradora.
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