Se a pessoa deprimidinha andar pelos corredores da empresa com uma cara de merda, o coração desfeito e a força anímica abaixo de zero, está tudo bem, às vezes nem bom dia dão porque estão embrenhadíssimos nas conversas importantíssimas que o trabalho exige. Se a pessoa deprimidinha se matar: ai meu Deus como é que não vimos os sinais. Podíamos ter feito alguma coisa? Se a pessoa deprimidinha decide cuidar de si, descansar e sair conforme diz o documento da baixa que DEVE SAIR DADA A PATOLOGIA, mesmo que a saída para um evento público com muita gente tenha ocorrido trinta dias depois de a pessoa deprimidinha ter passado a maior parte desse tempo a dormir, a chorar, encolhida a pensar que se fodeu e que nunca mais irá sentir alegria nem ser capaz de fazer o que sempre a fez vibrar, pois é certo e sabido que irá haver, pelo menos, uma alminha (alminha essa que nunca irá sequer enviar uma mensagem a perguntar, então está tudo bem?) a dizer: ah pois, não 'tá boa para trabalhar mas vi-a aqui e ali. Metem-me nojo. Fica escrito. E vão-se foder, também.
E já que estou numa de desabafos brejeiros, vão-se foder também pessoas que não sabem gerir miúdos, que lhes fazem sentir as pernas a serem cortadas e que dão argumentos de merda que não são honestos, quando facilmente se comprova que o que eles dizem é mentira e não é aplicado de maneira equitativa a todos os atletas. Vão-se foder também. A nós caberá apoiar e mostrar que não há no mundo quem nos corte as pernas quando a vontade é férrea. Não é aqui, será ali. A vida é feita de mudanças e na maior parte das vezes para melhor. Ah e vão-se foder os bajuladores e os intriguistas.
Eu só não me vou foder porque o antidepressivo já se sabe, mas também já me alegraram e disseram que com muito treino recuperamos a tesão.
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