Quando era miúda tinha uma frase na escrivaninha (malta pós século XX, procurem) que tinha retirado de uma citação atribuída ao personagem-alegadamente-monstro:
«Sou aquela criatura a quem privaste de alegria sem ter cometido mal algum.»
Estava perto dos "TOU" dos bollycaos, colados às dezenas (procurem também. Na volta nem a IA saberá dizer-vos.) e dos tarecos de adolescente.
Há uns dois ou três anos li o livro e foi uma revelação assombrosa. Um livro que passou a ser um dos tais da minha vida. Avassalada e surpreendida por ser tão maior do que os desenhos animados e os filmes dos anos 70/80 me tinham dado a conhecer.
Hoje vi a adaptação de Guillermo del Toro e foi directa à parte desfeita do meu coração, aliviando-a mais um pouco. Chorar é libertador. Tanto quanto rir. Bem sei que os contidos da vida julgam que isto os enfraqueceria, mas não é verdade. Experimentem um instante deixar sair, pode parecer que nunca mais pára, mas não há o que seja inesgotável e depois é como uma manhã de sol que se pressente.
A minha ainda não nasceu, mas que cada novo dia é um passo adiante, uma nova oportunidade de deixar cair o passado que pesa. É.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada, pelo tempo.